De tanto não saber, já não sei nem como iniciar este post. É tão mais fácil poder tocar nos sentimentos, saber o que os provocou, torcê-los como uma roupa molhada, espremendo, vendo-os ir pelo ralo. O problema é justamente não saber, não decifrar. Já diria Zé Ramalho ‘ninguém tem o mapa da alma da mulher’. Tem algo rolando aqui dentro, é uma bola de gude, daquelas verdes, que faz barulho quando bate no oco que sou eu. É um não saber tão angustiante que não se sabe onde se agarrar, qual bula terá a solução. Como estava falando, não estou triste, não mais como andava nos últimos dias, já não choro mais e já me alimento normalmente. Também não estou estressada, não me preocupo com nada mais, ou melhor, me preocupo com algumas coisas. Mas não permito mais que estas coisas prejudiquem a minha saúde. Sinto um vazio, como uma folha em branco, como a TV que saiu do ar, como um carro que não quer pegar. Pô! Não sei explicar. Uma angústia que vem de repente, sem motivo aparente. Um nada.
*texto escrito há alguns dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário