quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Quero a minha independência!

Hoje eu queria que o tempo passasse voando, que a formatura acontecesse e que o emprego estivesse esperando-me na segunda-feira. Queria meu próprio dinheiro, não precisar depender de mais ninguém. Queria enfeitar minha casa pro natal, um marido perfeito, esperar um filho. Uma vida tranquila, acordar do lado de quem amo, ajeitar as crianças pra escola, voltar do trabalho exausta e ganhar um abraço apertado e demorado. Tomar mate com a vizinhança enquanto nossas crianças brincam e ralam os joelhos na calçada de cimento. Mas a incerteza do futuro me deixa impaciente e agonizante. Não aguento mais viver longe de quem mais amo; ficar sem o almoço de domingo com a família; não aguento mais pegar o Helios ou o Planalto, nem o São Cristóvão e muito menos o Balbi; não aguento mais carreteiro de guizado; não ter o feijão da vó todo dia; não aguento mais querer e não poder tocar; não aguento mais esse TCC fdp; os tormentos com essa banca; stress e alucinações. Quero meu mundo perfeito!!!

Os sons do dia e da noite

Há uns dias atrás resolvi virar a madrugada para conseguir terminar o TCC a tempo. A cada hora, mais ou menos, ia na sacada dar um tempo pra cabeça e ficava observando os sons que a noite tem. Os grilos cantam ao longe. O vento uiva e as asas dos anjos acompanham a marcha. Vozes de felicidade na esquina. Mais algumas horas...seis da manhã...duas mulheres caminham, acho que estão indo trabalhar. O sol invade o quarto devagarinho, tingindo o céu que antes era negro em um púrpura vivo. E logo começa o dia, as pessoas a levantar. Sete da manhã e já não me aguento mais em pé. Deito e esqueço do mundo. Mas, as nove e meia da manhã a vizinha louca detona o rádio num volume que nem eu sou capaz de escutar e meu sono é interrompido pelos hinos da igreja universal. Foi difícil e cansativo passar esta noite em claro, mas pude sentir que cada vez mais meu gosto pela noite aumenta. E não só pelas festas e baladas, mas pela sutileza dos sons, pela levaza que é sentir o sol nascendo...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Nunca vou esquecer!

Essas minhas amigas e o dom que elas têm de me emocionar e de fazer com que eu de um time no Tcc só pra vir aqui explicar porque tenho tanta admiração por todas elas.
Existem sete gurias que mostraram que as vezes aquilo que pensamos ser ironia do destino é apenas algo que já estava programado muito antes de existirmos. As pessoas se conhecem por acaso, mas juro, não foi por acaso que a gente se conheceu. Quando acontecem histórias assim, de tanta cumplicidade, não é por acaso. Gurias, não foi por acaso que a gente passou naquele vestibular e não em tantos outros que a gente fez ou faria depois. Nossa, como a Borboleta, mais nova blogueira falou, acho que temos uma sorte do cão, pois não é em qualquer canto que se acham pessoas tão cúmplices umas das outras, como nós somos. Que entram em todos os bancos da cidade na parceria, que passam a festa toda no banheiro na parceria, que vão dar banda no mercado na parceria, e que levam a gente pra festa pra levantar o astral na parceria, e que principalmente, estão sempre pertinho quando alguma coisa nos incomoda. Seja pra isso ou aquilo, sempre por perto! Não sou boa em escrever coisas felizes, me sinto mais poética falando das mazelas, mas precisava falar que: AMO VOCÊS TODAS! E tudo o que sou hoje em dia, devo a vocês, pois acredito que somos um pouquinho de cada uma das pessoas que nos rodeiam.
Valeu por não terem zerado nenhuma questão naquele vestibular!hehe

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Semana de Clausura

Começei hoje a minha semana de clausura. Estou disposta a permanecer dentro de casa, estudando até sexta-feira, podendo sair apenas para cumprir determinados compromissos com a faculdade. Nada de cerveja no Freo, nada de mate na praça, ou de qualquer outro deleite. Estou precisando de um pouco de disciplina! Não tenho certeza se isto dará certo, se conseguirei abrir mão de todas essas coisas que deixam o meu dia mais gostoso de se encarar...(...)... Acabo de receber um convite para ir na praça tomar mate!!hahaha. E agora? O que faço?...(...)... Como é difícil abrir mão das coisas que fazem a gente feliz! Dói dizer isto, porque na verdade chega a ser burrice abrir mão destas coisas. Tá aí! Não vou abrir mão de um mate na praça, isso não vai me matar, pelo contrário, vou voltar pra casa com todo o gás, depois de estar perto de quem gosto. Não resisto a um convite para sair, nem que seja dar uma passeada no mercado!
São essas coisas pequenas da vida que a tornam mais cheia de graça, que colorem, que emocionam...(...)... Amanhã reenicio este período de clausura, que agora pode ser quebrado, uma vez que valha a pena.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Falta constante de léxico

Minha vida é escrever. Amo escrever, por no papel tudo o que me aflige. Guardo muito todos os sentimentos para mim, dentro de mim. Não sei demonstrar afeto, não sei fazer carinho, não tenho jeito para isso. Sou até bruta as vezes. Mas minha ira as vezes também não irrompe, fica aqui engasgando-me. A tristeza, essa sim, encrusta-se nas paredes ocas do meu organismo... Ando pra baixo, mas não tenho motivos...Faz tempo que não divido minha vida com os leitores do meu blog, pois ultimamente o que sei fazer é escrever. Mas não escrevo coisas leves e despretenciosas, escrevo textos engeçados, de formatos pré-estabelecidos. Não deixo mais minha criatividade da ponta da caneta cavalgar galopante, já não escrevo mais poemas...Queria terminar de escrever meu livro...Queria uma tarde de Quinta-bolor na casa do Mr. D., fazendo suco de laranja ou nega maluca. Queria por os pés na terra...Meu dom de mudar de assunto...E guardar sentimentos é tão ruim, mas o que posso fazer se vim assim de fábrica, naquela época não existia assistência nem garantia de um ano. As pessoas esperam tanto de mim, mas infelizmente não posso, não consigo por pra fora, despejar...(...)... era isso.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Promoção: Vende-se tempo de sobra!!!

Bom, tô sem folego...(...)... Quase nem consigo escrever aqui...hehehe. Brincadeirinha, mas que a vida anda foda isso anda. To fazendo uma reportagem sobre créditos de carbono, onde simplesmente pessoas através de ações sustentáveis, reduzem a emissão de gases do efeito estufa. Desta forma elas ganham créditos, ou seja, certificados de reduções; para cada 1 tonelada de CO2 equivalente que reduzir ganha um crédito. Mas existem aqueles países preguiçosos que tem metas a cumprir nessas reduções e não conseguem atingir. O que acontece? Os países que não conseguem atingir a meta compram os créditos dessas pessoas legais com o meio ambiente, através da bolsa de valores mesmo. E isso vale uma grana!! Mas não estou aqui pra falar sobre créditos de carbono, uma vez que já to perdendo os cabelos com isso. Mas pra refletir em como seria bom se tivéssemos uma bolsa do tempo. Pessoas que tem tempo sobrando venderiam esses tempos em formas de ações, e a galera feito eu, que tá atolada de coisas, comprariam. Nossa eu sou um gênio! Vou correr patentear essa ideia. hihi. Mas olha já tô numas de entregar pra Jesus. Tenho medo de abrir meu e-mail/orkut, cada vez que abro é uma coisa nova que tenho que fazer, e é pra ontem mais ou menos. Aff meu Deus, porque foi que eu quis crescer duma vez, quero ser criança de novo! Quero férias, pôr as pernas pro ar, quero tomar uma brahma!

sábado, 26 de setembro de 2009

Primavera Soturna...

Às exatas 18h18 da última terça-feira, 21 de Setembro a Primavera deu o ar de sua graça. Mas ela chegou timidamente, aos poucos, como um guaipéca de cabeça baixa implorando por comida. As flores acanhadas vagarosamente foram desenvolvendo as rinites alérgicas, espirros, coçeiras. Mas o solzinho, o tempo agradável, esse eu não vi. A Primavera iniciou com chuva, tempo carrancudo, mal humorado. Mal humorado? Bom, existem pessoas, talvez até a maioria delas que mudam de humor conforme o tempo. Em dia de sol estão contentes, em dia de chuva, tristonhas. Mas isso não acontece comigo. Possuo um apreço por esses dias nebulosos e tristes que as vezes não consigo entender. Gosto da paisagem tétrica logo depois que a chuva se vai; gosto do vento que adivinha o temporal que se aproxima; gosto do dia nublado, das árvores despidas de folhas; o som dos calçados pisando nas poças; a meia que fica encharcada. É tão depressivo e isso me atrai. Sei lá, mas acho muito mais fotográfico o dia chuvoso do que o dia de sol, com as crianças brincando na piscina, sorvetes, sol a pino. Sinto sensações estranhas em dias nublados, são sentimentos, arrisco falar até em paz de espírito...(...)... Segundo as previsões a Primavera tardará em mostrar-se altiva e calorosa, muita água vai rolar. Mas disso tudo só detesto uma coisa: Raios! Pareço um cachorrinho que se esconde debaixo das cobertas amedrontado...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Quente e letrista...

A arte da escrita é profunda e vem de dentro, são sentimentos e concepções trazidas à folha de papel. Gosto da escrita, é um caminho para o desabafo, uma conversa no divã. Colocar para fora as aflições e experiências. Mas esse gosto pela escrita me surgiu muito tarde. Quando pequena eu era aquela criança que retirava o livro da biblioteca e ele ficava lá, trancado na gaveta. Odiava ler, pegava um livro da Bruxa Onilda, lia a primeira frase e me sentia tão cansada! Hehehe, cansada eu, uma criança! Somente tempos depois que foi surgindo a vontade de ler, porque tudo começa pela leitura. Comecei a devorar os livros da Seleções Reader's Digest, vejam só. E percebi na leitura um lugar em que eu podia ser outra pessoa, viajar pelos desertos, envolver-me em assassinatos ou até em romances bem melosos. Era meu refúgio. E hoje em dia cá estou, fazendo Jornalismo, mais por um empurrãozinho de uma pessoa que sempre me incentivou, que lia meus poemas e crônicas da pré-adolescência e dizia: "Pri, tu escreve muito bem, faz Jornalismo!" Eu nunca concordei. Mas estou aqui. E hoje sou completamente apaixonada pelo que faço, e digo é a melhor profissão que existe. Hoje eu sei que estou no lugar certo!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Saudade Fininha

As pessoas queridas, porque insistem em ficar longe. O ser humano é feito de algum tipo de mecanismo que apita toda vez que algo está faltando, que um pedaço se perdeu. Parece que as coisas fogem do curso normal quando algo nos falta. E isso acontece tão automaticamente, como se não tivéssemos sugado daquela pessoa tudo de bom que ela pudesse doar. A velha frase, só se percebe o verdadeiro valor de algo ou alguém quando o perdemos. Mas não é necessariamente o valor que não enxergamos quando estamos perto. Porque sinto saudades de quem amo logo que entro no carro a caminho da rodoviária? Será que não o valorizei o bastante? Claro que não é isso! Um dia gostaria entender o porque disso. Não é a toa que somente na língua portuguesa existe a palavra saudade. E é uma saudade de tudo o que passou, do segundo que acabou de fazer o ponteiro declinar mais abaixo. Como pode? Da lancheira com sanduiche e leite com nescau; do ardor do mertiolate no joelho ralado; do cheiro do fim de tarde; da chuva que cai molhando os que saem do trabalho; risadas múltiplas e sem ter um porque; do suflê de chuchu da vó; da mãe gritando "volta pra dentro, tá tarde"; do primeiro olhar trocado; do cheiro do namorado... Neste momento nem namorado, nem mãe, nem gritos de irmãs loucas. Somente a saudade. Mas do outro lado estão do meu lado a família que eu escolhi, amigos que marcaram com vodka barata e baralho surrado uma parte de mim. Tu vê né , uma hora é a saudade de uns, noutra de outros. Nunca estamos acompanhados de todos aqueles que a bainha da vida andou arrastando por aí. Tem gente que diz que é só mesmo em velório pra juntar todo mundo. Bom, talvez seja. Dói saber que a cada passo que dou tenho que deixar pra trás pedaços de mim... "Quando estou contigo estou em paz"