quarta-feira, 20 de junho de 2012

Hoje não é uma noite inspiradora. Não sei por que, mas tenho a cabeça meio vazia de ideias hoje. Congeladas pelo frio, talvez. Mas precisava escrever...(...)... Tem vezes que precisamos falar tanta coisa, porém, parece que as palavras não encontram a concordância exata. Senti isso ao me despedir dos meus colegas de trabalho. Havia tanto a ser dito, mas foi tão cortante o momento de ir embora, que deixei para trás vários sentimentos. Queria contar o quanto aprendi nestes quase dois anos em Carazinho. O quão importante esta experiência foi para a minha formação, pois me formei jornalista ali, e não na faculdade. Queria contar o quanto aprendi sobre a vida, sobre seres humanos, sobre limitações físicas, emocionais, intelectuais. Fui até o meu limite, fui até o momento em que eu sabia que estava acrescentando. Conheci pessoas, milhares de histórias, e contei a minha história também. Escrevi meus versos nessas ruas, joguei-os ao vento, sem a pretensão de que alguém fosse se identificar com eles. Sentirei muita falta de tudo o que construí, amizades, descobertas, reportagens, idas ao interior – a melhor parte – até da solidão. Mas preencherei estes espaços com outras coisas a partir de agora. Quero ter o direito de não saber o que fazer da vida, pelo menos por enquanto. Quero sair por aí, correndo, sentindo o vento no rosto. Quero assistir TV com outras pessoas – nossa como isso faz falta. Assistir TV e rir sozinha dos seriados é a crônica da tristeza. Quero realizar sonhos, tirar fotos, ler. E agora eu tenho tempo pra isso.